sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Contexto Social

    


  O Brasil começa a viver, a partir de 1894, um novo período de sua história republicana. Os dois primeiros presidentes do Brasil, após a proclamação da República, eram militares: o marechal Deodoro da Fonseca e o marechal Floriano Peixoto. O primeiro presidente civil, o paulista Prudente de Morais, tomou posse em 1894. Com ele, teve início uma alternância de poder conhecida como "café-com-leite", que se manteve durante as três primeiras décadas do século XX. A expressão designa a política estabelecida, mediante acordo tácito, pelos estados de São Paulo e Minas Gerais. A economia do primeiro baseava-se na cultura e exportação do café; a de Minas Gerais, na produção de café e de laticínios.
O advento da República acentuou ainda mais os contrastes da sociedade brasileira: os negros, recém-libertados, marginalizaram-se; os imigrantes chegavam em razoável quantidade para substituir a mão-de-obra escrava,- surgia uma nova classe social: o proletariado, camada social formada pelos assalariados.
Resumindo: de um lado, ex-escravos, imigrantes e proletariado nascente; de outro, uma classe conservadora, detentora do dinheiro e do poder. Mas toda essa prosperidade vem acentuar cada vez mais os fortes contrastes da realidade brasileira
Da tensão entre esses dois pólos sociais resultou, direta ou indiretamente, um panorama nada tranqüilo, época de agitações sociais. Do abandonado Nordeste partem os primeiros gritos de revolta: no final do século XIX, na Bahia, ocorre a Revolta de Canudos, tema de Os sertões.

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